A Arte Goética, (Latim, provavelmente: "A Arte de Uivar"), geralmente chamado só de Goetia (ou Goecia), é a ensinada na primeira parte das Clavículas de Salomão, um grimório do Século XVII. Este primeiro capítulo é conhecido como "Lemegeton Clavicula Salomonis" ou "A Chave Menor de Salomão" e nele são descritos todos os 72 Espíritos Infernais assim como todo o sistema que supostamente havia sido usado pelo rei Salomão.
Estes 72 Espíritos são conhecidos como daemons, porém mesmo sendo em numero de 72 espíritos eles possuem 76 selos de evocações e não 72 selos, pois 4 desses espíritos possuem 2 selos cada um e não apenas 1 como os demais. O sistema de invocação é simples, embora construído de uma maneira a impressionar os participantes. Entre seus elementos mínimos temos:, A Varinha, O Círculo, o Triângulo, o Selo, o Hexagrama e o Pentagrama.
A Varinha serve como instrumento coordenador expressando a vontade do ocultista.
O Círculo é traçado no chão e tem o propósito de proteger o mago.
O Triângulo é o espaço dentro do qual o espírito goético é invocado e confinado.
O Selo é individualizado para cada um dos 72 espíritos e supostamente serve de conexão entre o mundo físico e o espiritual.
O Pentagrama e o Hexagrama por fim, são amuletos de proteção. Em minha opinião pessoal são espíritos antigos, que logo foram ''demonizados'' pelo cristianismo, um exemplo é a deusa astarte e o ''demônio'' astaroth, os espíritos são entidades temperamentais, por isso muito cuidado durante o ritual, na maioria dos relatos recomenda-se ameaçá-los e outros dizem que isso é uma pratica arriscada e cruel com os espíritos, que estarei listando abaixo:
Os 72 Espíritos
- Baal;
- Agares;
- Vassago;
- Samigina;
- Marbas;
- Valefor;
- Amon;
- Barbatos;
- Paimon;
- Buer;
- Gusion;
- Sitri;
- Beleth;
- Leraie;
- Aligos;
- Zepar;
- Botis;
- Bathin;
- Saleos;
- Pierson;
- Marax;
- Ipos;
- Aym;
- Neberius;
- Glasya-Labolas;
- Bune;
- Ronove;
- Berith;
- Astaroth;
- Forneus;
- Foras;
- Asmoday;
- Gaap;
- Furtur;
- Marchosias;
- Stolas;
- Phenex;
- Halphas;
- Malphas;
- Raum;
- Focalor;
- Vepar;
- Sabnock;
- Shax;
- Vine;
- Bifrons;
- Vual;
- Hagenti;
- Crocell;
- Furcas;
- Balam;
- Alloces;
- Camio;
- Murmur;
- Orobas;
- Gremory;
- Ose;
- Amy;
- Orias;
- Vapula;
- Zagan;
- Valac;
- Andras;
- Haures;
- Andrealphus;
- Cimejes
- Amdusias;
- Belial;
- Decarabia;
- Seere;
- Dantalion;
- Andromalius;
Ars Theurgia Goetia
O Ars Goetia Theurgia ("a arte da Teurgia Goética"), é a segunda seção da Chave Menor de Salomão. Ele explica os nomes, as características e os selos dos 31 espíritos aéreos (chamados de Chefes, Imperadores, Reis e Príncipes), que o Rei Salomão invocou e confinou. Também explica as proteções contra elas, os nomes dos espíritos e seus servos, a maneira de como invocá-los, e sua natureza, que é o bem e o mal.Seu único objetivo é descobrir e mostrar coisas escondidas, os segredos de qualquer pessoa, obter, transportar e fazer qualquer coisa perguntando-lhes. No entanto, eles estão contidos em qualquer um dos quatro elementos (terra, fogo, ar e água). Esses espíritos, são caracterizados em uma ordem complexa no livro, e alguns deles, a sua ortografia têm variações de acordo com as diferentes edições.Ars Paulina
O Ars Paulina ("a arte de Paulo"), é a terceira parte da Chave Menor de Salomão. Segundo a lenda, esta arte foi descoberta pelo Apóstolo Paulo, mas no livro, é mencionado como a arte de Paulo do Rei Salomão. O Ars Paulina, já era conhecido desde a Idade Média e é dividido em dois capítulos deste livro.O primeiro capítulo, refere-se sobre como lidar com os anjos das diversas horas do dia (ou seja, dia e noite), para os seus selos, sua natureza, os seus agentes (chamados de Duques), a relação desses anjos com os sete planetas conhecidos na naquela época, os aspetos astrológicos adequados para invocá-los, o seu nome (em alguns casos coincidindo com os dos setenta e dois demônios mencionados na Ars Goetia, a conjuração e a invocação de chamá-los, na Mesa da prática.A segunda parte, refere-se aos anjos que governam sobre os signos do zodíaco e cada grau de cada signo, a sua relação com os quatro elementos, Fogo, Terra, Água e Ar, seus nomes e seus selos. Estes são chamados aqui como os anjos dos homens, porque todas as pessoas que nascem sob um signo zodiacal, com o Sol em um grau específico dele.Ars Almadel
O Ars Almadel ("a arte de Almadel"), é a quarta parte da Chave Menor de Salomão. Ela nos diz como fazer a Almadel, que é um tablete de cera com símbolos de proteção nele traçadas. Nela, são colocadas quatro velas. Este capítulo tem as instruções sobre as cores, materiais e rituais necessários para a construção do Almadel e as velas.O Ars Almadel, também fala sobre os anjos que estão a ser invocados e explica apenas as coisas que são necessárias e que devem ser feitas a eles, e como a conjuração tem que ser feito. Também menciona doze príncipes reinantes com eles. As datas e os aspectos astrológicos, tem que ser considerado mais convenientes para invocar os anjos, são detalhadas, mas resumidamente.O autor afirma ter experimentado o que é explicado neste capítulo.Ars Notoria
O Ars Notoria ("a arte Notável"), é a quinta e última parte da Chave Menor de Salomão. Foi um grimório conhecido desde a Idade Média. O livro afirma que esta arte foi revelada pelo Criador para o Rei Salomão, por meio de um anjo.Ele contém uma coleção de orações (alguns deles dividido em várias partes), misturado com palavras cabalísticas e mágicas em várias línguas (ou seja, hebraico, grego, etc.), como a oração deve ser dito, e a relação que estes rituais têm a compreensão de todas as ciências. Menciona os aspectos da Lua em relação com as orações. Diz também, que o ato de orar, é como uma invocação aos anjos de Deus. Segundo o livro, a grafia correta das orações, dá o conhecimento da ciência relacionados com cada um e também, uma boa memória, a estabilidade da mente, e a eloquência. Este capítulo, previne sobre os preceitos que devem ser observados para obter um bom resultado.Finalmente, ele conta como o Rei Salomão recebeu a revelação do anjo.
Primeiros Passos(descrição do site ocultura)
A primeira coisa a se fazer é escolher com qual espírito irá se trabalhar. Este momento é de suma importância e dele dependerá o sucesso ou não da evocação – uma forte motivação e um grande envolvimento emocional são de grande ajuda neste momento. Para uma escolha sensata, o melhor a se fazer é ler a descrição de cada um dos 72 espíritos para encontrar o que melhor se encaixa (em personalidade e poder) com suas necessidades.
O sistema de evocação em si não guarda grandes segredos. Seus elementos poderiam ser reduzidos a um mínimo composto por:
- Baqueta – Ferramenta da vontade manifesta do magista
- Círculo – Onde ficará o adepto protegido de qualquer influência externa.
- Triângulo – É o local destinado a manifestação do espírito invocado, que lá estará contido e sob as ordens do mago.
- Selo do Espírito – Cada um dos 72 espíritos possui seu próprio selo, que será disposto no triângulo para a conjuração.
- Hexagrama de Salomão e Pentagrama de Salomão – Usados na proteção do mago.
- Disco de Salomão - Usado em casos de emergência.
Segunda Parte
A segunda parte do livro contém descrições mais detalhadas sobre cada uma destas ferramentas, bem como a de acessórios opcionais que em sua maioria trarão maior eficiência ao rito.
Inicia-se então os preparativos para a evocação. Certifique-se de que não será interrompido, tire o telefone do gancho, desligar a campainha. . Comece colocando o Selo do espírito no triângulo e entrando no círculo. O próximo passo é a realização de um ritual de banimento (como o Ritual Menor do Pentagrama) seguido da Conjuração Preliminar do Inascido.
Chega-se a hora das Conjurações, começando pela Conjuração Preliminar do Não-Nascido. O uso das invocações tais como seguem na terceira parte do livro é geralmente usada simplesmente pela força que causa na psique do mago e pelo seu sucesso já provado em diversas ocasiões. No entanto, mais importante do que seguir um roteiro é envolver-se mental e emocionalmente com o texto.
Algumas pessoas gostam de reescrever as conjurações de modo a torná-las mais pessoais.
As Conjurações devem ser feitas até que se sinta a presença do espírito invocado, isto pode ser notado por uma sensação visual do quarto encher-se de neblina, queda súbita de temperatura, sensação de formigamento no corpo, simples premonição, etc...
Com a chegada do espírito às ordens podem ser então dadas à eles. Se for de seu desejo ver o espírito, na maioria das vezes terá que ordenar que ele apareça.
Quando digo “ver” quero dizer as diversas formas de manifestação sensória de um espírito: ele pode realmente se tornar visível, pode tremular em uma imagem, surgir e desaparecer como um vulto na área do triângulo, pode manifestar-se psiquicamente, aparecendo com detalhes na “tela mental”, entre outros...
Os comandos para o espírito conjurado devem ser obrigatoriamente expressos nas próprias palavras do adepto. As ordens ao espírito deveriam ser claras, e talvez algumas restrições deveriam ser impostas, como não ferir amigos e familiares, e quem sabe um prazo para que seus pedidos sejam compridos.
Existem duas formas basicamente de se barganhar com um espírito de Goétia. Pedindo, ameaçando-o ou recompensando-o. Na maioria das vezes o espírito pode aceitar ou negar um pedido seu e não exigir nada em troca. Alguns deles no entanto parecem ter uma certa tendência para a negociação. Se for necessário ameaçasse um espírito dizendo que seu selo será destruído.
Recompensa-os com a criação de uma nova cópia do sigilo (seja ela um trabalho artístico, um grafite ou o que quer que seja.), embora em casos mais complicados sacrifícios mais ousados sejam pedidos. Será comum você “ouvir” o espírito lhe oferecer mais do que você realmente pediu tentando persuadi-lo a desejar outras coisas. Permaneça firme em sua vontade inicial ou acabará fechando contratos dos quais vai se arrepender depois. Na negociação não é necessário ser estúpido como os magos medievais, muitos dos espíritos são razoáveis e amigáveis, seja flexível, mas mantenha-se sempre no controle.
Feito isso pode se dar a licença para o espírito partir. Use a versão fornecida pelo livro ou reescreva-a em uma forma mais pessoal. A licença deverá ser declarada até não se sentir mais a presença do espírito. Finalmente execute novamente o ritual de banimento. Recolha todos os acessórios e o selo que agora está “ativado”, deverá ser guardado em um lugar seguro, longe de mãos e olhos profanos.
Agora simplesmente aguarde o espírito cumprir sua missão. Durante este período esteja pronto para manifestações como o aparecimento dos espíritos em sonhos, a visão de vultos, ouvir o seu próprio nome falado alto em uma hora perdida do dia, sensações de arrepio e formigamento e inclusive a sensação do toque além de casos raros de poltergaist.
O sucesso é uma pratica freqüente neste sistema, mas em caso de falha temos duas alternativas. Podemos simplesmente esquecer o ocorrido e continuar nossas vidas, ou podemos dar um ultimato ao espírito. Para isso conjure o espírito mais uma vez e ordene que complete sua missão em um numero certo de dias sob a pena de ter seu selo torturado e/ou destruído. Na maioria das vezes isso bastará para fazer-lo cumprir seu dever. Esta é a base da prática Goetica. O sistema se revelará especialmente eficiente para aqueles que buscam poder, hedonismo e prazeres materiais. Na verdade asconseqüências podem ser similares a que se tem com o jogo ou com certas drogas no tocante de que tenderá cada vez com mais freqüências buscar poder e prazer com os espíritos. Se você acredita que corre o risco de perder o controle com a sensação de poder, este sistema não é para você.
Abaixo o selo do espirito astaroth(particularmente meu predileto) e uma descrição básica dele:
O vigésimo nono espírito é Astaroth. Ele é um duque poderosíssimo, e aparece na forma de um anjo medonho, montado sobre a besta-dragão do inferno, com uma víbora na mão direita. É sábio não se aproximar muito dele a fim de evitar o fedor deletério que ele exala. O magista deve apontar-lhe com o anel ao que estará protegido. Conhece todos os segredos da Criação e responde questões sobre o passado, presente e futuro. Declarará prontamente a queda dos espíritos, se desejado, e a razão dela. Pode fazer os homens sábios em todas as ciências liberais. Reina sobre 40 legiões de espíritos.
O nome Astaroth é derivado da deusa Fenícia Astarte, um equivalente da Babilônia Ishtar, e na Suméria Inana. Ele é mencionado na Bíblia Hebraicanas formas Ashtoreth (singular) e Ashtaroth (plural, em referência a várias estátuas dele). Esta última forma foi diretamente transliterado nas versões grega e latina antigas da Bíblia, onde era menos evidente que ele tinha sido um plural feminino em hebraico.
É um demônio de primeira hierarquia que seduz por meio da beleza, da vaidade, filosofías racionalistas de ver o mundo e seu adversário é São Bartolomeu, que pode proteger contra ele porque venceu as tentações de Astaroth. .
De acordo com Francis Barrett, Astaroth é o príncipe dos acusadores e inquisitores. Segundo alguns demonologistas do século XVI, os ataques deste demônio contra os humanos são mais fortes durante mês de agosto. Seu nome parece vir do da deusa Ashtart/Astarté, que na Bíblia Vulgata Latina é traduzida como Astharthe (singular) e Astharoth (plural). Esta última forma se transformou na Biblia do Rei Jaime em Ashtaroth. A forma plural foi tomada do Hebraico antigo por aqueles que não sabiam que era um plural nem que era o nome de uma deusa, o vendo só como o nome de outro deus a parte de Deus e, por tanto, um demônio....

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